terça-feira, 30 de junho de 2009

Jornada das tropas 2009

Local: Poços de CaldasPeríodo: de 11 de junho a 13 de junho de 2009.

Chefe responsável: Ch. Paulo Sanda

Chefe Fafi – GEPIN de Poços de Caldas

Chefia:
Tropa Kaol Sugimoto

Chefe Ralph

Tropa Alpha

Chefe David

Escoteiros:

Tropa Kaol Sugimoto
Caio Augusto Hashizume
Matheus Katsuhico Ito
Vinicius Yuiti Tanaka Raphael
Yuji Kamiwada
Rodrigo Yosuke Kai

Tropa Alpha
Hanna Sung
Lina Kushima
Mariana Tiemi Kawaguti
Melissa Ery Sakaguti
Virginia Tiemi Sanda
Vivian Miki Dói

Escoteiros do GEPIN que nos recepcionaram em Poços de Caldas.

Lucas Galha Camargo
Everton Garcia Faria
Igor Alexandre Camargo Faria

A saída dos escoteiros foi a partir da escola de japonês da mãe da Lina. Eu (Paulo Sanda) pedi para que todos se encontrassem em um só ponto de preferência próximo ao metro para facilitar e ter maior segurança que todos estariam na hora do embarque que seria feito em ônibus de linha e não fretado como de costume.

A chefe Susan foi encontra-los e os levou até a rodoviária do Tietê. Enquanto isto eu e o Davi seguíamos de carro na frente.
No caminho me pensei...
“Acho que esqueci o farol do carro aceso.”
Mas nada podia fazer.
Chegando em Poços apresentei o chefe Fafi ao David. Após almoçarmos fomos ao GEPIN (Grupo Escoteiro Pinheiros) onde seria nossa base para esta jornada. O Fafi mandou dois escoteiros do GEPIN para receber os nossos na rodoviária. Quando eles chegaram, a emoção começou.

Um guarda.

Ao desembarcarem um guarda florestal os recepcionou com um caloroso.

- Onde vocês pensam que vão!

Alguns de nossos escoteiros baixaram a cabeça, não sabendo o que responder.

- Coloquem suas mochilas na caçamba da caminhonete.

Eles obedeceram e assim que terminaram de colocar as mochilas no Toyota modelo Rural, o guarda foi embora levando tudo sem dizer uma palavra. Eles tinham acabado de chegar em Poços de Caldas e já estavam sem as mochilas.

Antes que o desespero tomasse conta, um dos escoteiros locais que haviam sido preparados para recepciona-los disse.

- Fiquem tranqüilos, o guarda Fafi é o nosso chefe Fafi.

Tudo previamente combinado entre os chefes para dar este susto e começar bem a aventura.

Tijolos e telhas para carregar na jornada.

Enquanto os escoteiros iam de ônibus até a sede do GEPIN, acompanhados dos escoteiros locais. O Chefe Fafi chegava com a Toyota Rural, na caçamba as mochilas dos escoteiros.

Eu e o chefe David fomos ajudar a descarregar as mochilas, quando peguei uma muito pesada. Comentei com o David sobre o peso absurdo da mochila e fui pegar outras.

Ao retornar fui brindado com a descoberta.

O sujeito, estava com telhas e tijolos na mochila!

Entre cobras.


O chefe Fafi nos brindou com uma bela palestra sobre ofídios, ao final dela as os escoteiros

tiveram oportunidade de ter contato com 4 cobras.

Uma urutu cruzeiro, uma jaracaca, uma caninana e uma jibóia. Eles não puderam se aproximar das

peçonhentas por motivos óbvios, mas puderam “brincar” com a caninana e a jibóia.

O chefe Ralph pregou uma peça no Caio ao fim da palestra, quando este estava distraído.

Lá pelo começo da madrugada nós, eu, Fafi, Davi e um ex-escoteiro do Fafi, hoje adulto e proprietário de um restaurante em Poços ficamos montando os jogos de carta prego para jornada.

O chefe Ralph hospedou-se com a família na pousada onde seria a pernoite da jornada.

Seria pois tivemos que abortar a pernoite, pois eu não estava muito a fim de correr até um pronto socorro com um ou mais escoteiros com hipotermia ou algo parecido. Mas isto será descrito adiante.

Uma sexta feira chuvosa.

Amanheceu, o chefe Fafi chegou, fomos comprar pães para o café da manhã, quando estávamos entrando na padaria o chefe Ralph nos ligou avisando que já havia comprado o pão. Só tinha se atrasado um pouco pois não achava o caminho saindo da pousada.

Café da manhã tomado o chefe David passou algumas instruções sobre o uso da mochila na jornada. Os grupos foram mostrados, pois até então eles não sabiam com quem iam fazer dupla ou trio.

Foram liberados para a jornada cultural. Três dos quatro grupos formados foram acompanhados por nossos cordiais anfitriões.

A manhã foi muito chuvosa o que dificultou um pouca tanto as tarefas deles a serem cumpridas nas cartas prego bem como a nossa de decidir quais seriam os próximos passos. Já que a cada milímetro de chuva a mais e a cada grau de temperatura a menos a situação se complicava para continuar no roteiro programado.

Conforme planejado fomos ao ponto de encontro do almoço.

Chovia muito, por isto almoçaram debaixo de uma cobertura. Ao finalizarem o almoço. Eles foram sendo liberados para a segunda etapa da jornada. O percurso de Giwell.

Eles abriam a carta prego para prosseguir a jornada, o curioso foi um trio da tropa alpha que saíram debaixo da coberta para lerem a carta na chuva...

Frio de rachar.

Depois que todos partiram voltamos nós fomos almoçar e aproveitar para dar uma volta pela cidade. Durante a parte da manhã já haviamos inspecionado o local da pernoite. Fomos então conhecer a Mecanoterapia. Muito interessante. Equipamentos antiqüíssimos e ainda em uso. Experimentamos da água sufurosa e ficamos na vontade de entrar nas termas. Não tínhamos tempo para isto, pois tínhamos que subir e encontrarmos com a turma e verificar suas condições.

Durante a subida avistamos o último grupo de meninas que ainda não havia chegado ao topo do cristo, passamos por elas para mais a frente quase chegando ao topo avistamos o outro grupo de escoteiras que nos acenou.

Paramos o carro para verificar o que estava acontecendo, elas ficaram assustadas ou

decepcionadas, não sei dizer, quando viram o chefe Paulo descer do carro. Elas não sabiam quem era, só queriam informações pois estavam perdidas.

Ao chegar no topo o vento ardia de tão frio. Entramos no banheiro para nos proteger. Pensei um pouco e decidi que tínhamos que abortar a jornada naquele ponto. Eles não teriam condições físicas de fazer a pernoite da jornada. Estavam molhados, exaustos e com muito frio. Tinham comido pouco durante o dia todo e o frio estava

muito intenso, para melhorar a previsão é que a próxima madrugada seria ainda mais fria que a anterior. Se na noite passada o Tika não tinha conseguido dormir direito pois seu saco de dormir era muito fino, que dirá nas condições em que estavam apesar do chefe Ralph ter lhe emprestado o saco de dormir dele.

Assim como eu não estava a fim de correr com escoteiros para um pronto socorro como já disse chamei os meninos que já haviam chegado, esperamos um pouco e chegaram as meninas que estavam pedindo informações. As demais estavam muito atrás e resolvi começar o papo sem elas, pois todos estavam muito cansados elas seriam avisadas na descida dos demais.

Sugeri que eles deviam parar por ali, pois pelos motivos citados não tinham condições de continuar.

Alguns choravam, não sabiam bem porque, mas choravam. Talvés por frustração em desistir, ou pela exaustão ou mesmo de frio.

Argumentamos por alguns minutos e eles concordaram em desistir por enquanto, assim como muitos alpinistas que ao chegar perto do cume abortavam a escalada por falta de condições (conforme relato do chefe Ralph).

Ficaram as lições, a falta de preparo adequado como melhor refeição para o almoço, vestimenta inadequada, calçados, etc. Falta de preparo físico, melhorar a técnica etc.

Enquanto eles desciam a pé o cristo. Sim a pé, eles estavam sem condições de prosseguir para dormir ao relento mas carrega-los no “colinho” de volta para sede não teria cabimento. Afinal “um escoteiro caminha com suas próprias pernas” (conforme palavras de Caio Agusto Viana Martins) e nenhum impedimento para continuar andando a não ser o cansaço.

Mas nós descemos rapidamente e fomos a um supermercado comprar mantimentos para que o chefe Ralph fizesse uma sopa para os escoteiros a fim de reanima-los.

Sopa pronta em tempo recorde, deu certo tanto ficaram melhor que depois de tomarem banho, limparem a cozinha e “arrumarem” suas coisas ainda tiveram animo de participar da festa junina do GEPIN que ocorreu neste dia.

Vista noturna de Poços de Caldas.

Pouco depois de acabar a festa

junina do GEPIN, o chefe Fafi me procurou e propôs mais uma atividade para os escoteiros eram mais de 11 horas da noite e o céu que havia passado o dia todo carregado de nuvens que fizeram cair a impiedosa chuva em nossos bravos escoteiros, havia se aberto totalmente. Não havia nem sombra de nuvem ou neblina. Uma noite perfeita para se ver a cidade do alto do cristo redentor.

Topei a parada, mas disse:

- Não vamos contar nada para eles, vai leva o teu pessoal para casa (pois ele tinha que dar carona para algumas mães que haviam ajudado na festa. Quando você voltar acordamos eles e vamos para lá.

Passado da meia noite, alias bem passado. O chefe Fafi retornou.

- Vamos acordar o pessoal?

- Vamos lá.

- Com ou sem emoção?

Perguntou o chefe Fafi.

- Com emoção é lógico

Respondi. Sem fazer a menor idéia do que ele planejava.

Entrou em uma sala e saiu de lá com dois pratos de fanfarra.

Entramos onde os meninos dormiam e ele fez soar os pratos. Foi uma algazarra.

Fizemos o mesmo no dormitório das meninas que ainda não tinham dormido mas já estavam deitadas. Os meninos apesar do barulho não quiseram saber de acordar. Deixamos eles e subimos somente com as meninas da tropa Alpha até o topo do cristo e fomos brindados esta belíssima vista.

O frio era de trincar os dentes, mas “ tudo vale a pena quando a alma não é pequena.” Voltamos para sede e fomos então dormir um pouco. Quer dizer as meninas e o chefe David. Eu e o chefe Fafi emendamos algumas modas de viola para não perder a oportunidade.

Quando não souber o que fazer pergunte ao escoteiro.

Sempre escutei esta frase e sempre procurei seguir. Afinal o escotismo é para os escoteiros, nós chefes somos apenas coadjuvantes.

Então na dúvida sobre o que faríamos no dia seguinte, pois como a pernoite havia sido abortada não tínhamos mais rumo para o dia seguinte. Haviam várias opções, mais uma festa junina no sábado a noite, mas entrada estava muito salgada vinte e cinco reais, retomar a jornada e fazer a pernoite, voltar para casa, etc.

Para minha surpresa pediram para conhecer melhor a cidade. E queriam entrar nas termas. Eu também estava louco para ir as termas, alias toda chefia.

O chefe Fafi nos arranjou uma van para leva-los ao city tour.

Alias, nosso grande amigo Fafi, não temos como agradecer tamanha hospitalidade.

Na manhã seguinte, após o café da manhã eles saíram para o passei enquanto isto eu e o chefe David fomos para rodoviária remarcar as passagens. Pela segunda vez. A moça do guichê até perguntou.

- Tem certeza que vai desta fez? Não posso mais mudar a data e hora do embarque.

As passagens ficaram para as 16:00.

Ao retornar para o GEPIN, conversando alguém lembrou que as termas fechavam na hora do almoço e só voltavam a funcionar as 16:00 horas. Ficamos sem ir as termas.

Escoteiros de volta do city tour, almoçaram, um macarrão preparado pelo chefe Ralph. Guardaram suas coisas e limparam um pouco da bagunça que haviamos feito.

Estava na hora de embarcar de volta.